sábado, 17 de maio de 2008

CRUEL: essa tal de dança moderna

Acabo de chegar do Teatro Nacional, em Brasília, onde assisti, na sala Villa Lobos, à apresentação da Cia. de Dança Deborah Colker.
O espetáculo tem o nome de 'Cruel'.
Já havia visto o Grupo Corpo, de Minas Gerais. E gostei muito. Por isso fui com uma certa expectativa.
No mês passado, quando estreou no Rio de Janeiro, a coreógrafa que dá nome à Cia. disse à Folha Online "que não é um espetáculo sobre a crueldade em si. É um olhar cruel sobre temas como amor e família. Tudo começa em um baile onde as pessoas se encontram. A trilha é intensa e emocionante".
Pois bem. Fui ver a dança. Essa tal de dança moderna. E confesso que não saí impressionado.
Tenho certeza que vou ser bombardeado aqui.
Afinal, como um jornalista com um nível cultural razoável pode dizer uma coisa dessas?
É a pergunta que muitos vão fazer.
Mas o fato é que eu sou mesmo um ignorante quando o assunto é dança moderna.
É claro que o cenário (Gringo Cardia) é bonito, os dançarinos (ou bailarinos?) cumprem bem o papel de se contorcer no palco.
Eles sobem e descem de quatro espelhos giratórios, rolam pelo chão, se digladiam sobre (e sob) uma mesa com pratos e facas.
Se o espectador não levar um lanchinho, vai sentir fome nessa hora.
Em outros momentos - se for como eu - vai dormir.
É isso mesmo. Confesso que dormi durante boa parte do espetáculo.
A culpa também é da música (Berna Ceppas e Kassin).
Funcionou como uma sessão de musicoterapia.
Pelo menos foi assim na primeira parte da apresentação.
Mas gostei da luz (Jorginho de Carvalho). Colaborou para a cochilada.
Tudo bem. Eu não entendo nada dessa arte mesmo. Sou um ignorante.
Por isso, confesso: senti falta de um xote e um baião pra animar...

3 comentários:

Ana Claudia Konichi disse...

Ainda não assisti ao espetáculo da Deborah Colker, mas confesso que fiquei com vontade de comer o pudim... :-)

Adorei o blog!

Beijocas!

Eduardo Rodrigues disse...

vou criar um espetáculo de dança moderna com bailarinos e bailarinas gordinhos...

vai chamar: PUDIM

Assim, um olhar molenga sobre os grandes temas da vida.

Aliene disse...

Essa coisa de "arte moderna" às vezes foge tanto do conceitual que a gente se pergunta onde está a arte? talvez em ser diferente, em ousar, e nos fazer questionar até que ponto o que vemos, ouvimos e sentimos é mesmo arte. Enfim... putz, tem cada coisa nos palcos e galerias! acho que ninguém é obrigado a gostar só p/ não ser chamado de ignorante...eu, por exemplo, já provoquei arrepios e muchochos de indignação por confessar que não gosto de glauber rocha, agora me diz.. sou obrigada a gostar? beijos e parabéns pelo blog